sexta-feira, 16 de maio de 2025

APELAMOS À UNIDADE REVOLUCIONÁRIA * Internacional Antifascista/Capítulo Bolívia

APELAMOS À UNIDADE REVOLUCIONÁRIA
DIANTE DA SITUAÇÃO HISTÓRICA

Hoje, o fascismo-nazismo está batendo às portas da nossa Grande Pátria. Em nossa Bolívia Plurinacional, a ameaça está presente diariamente por meio de seus instrumentos políticos, midiáticos, religiosos, empresariais e cívicos, buscando violar nossas vidas, apoderar-se de nossos recursos naturais e, mais uma vez, nos transformar em uma colônia do imperialismo.

Os milhões de bolivianos que saíram da pobreza, que recuperaram a dignidade e cujos direitos foram reconhecidos pela primeira vez merecem líderes que estejam à altura deste desafio histórico.

Hoje, nossa pátria, nossa Bolívia Plurinacional, está em perigo. Somente unidos em torno do nosso povo, dos nossos sindicatos, organizações sociais, organizações profissionais, organizações de bairro e organizações em todo o país poderemos enfrentar e derrotar democraticamente o fascismo e o nazismo.

Exigimos que construamos a UNIDADE, como militantes revolucionários e não apenas como retórica. Demos o passo necessário, que abandonemos nossas aspirações e nos subordinemos ao bem maior, que é o povo e o Estado Plurinacional. Somente ações revolucionárias testemunharão nosso comprometimento.

É hora de grandes acordos, de alianças estratégicas, para retomar a construção coletiva do nosso projeto anticolonial, anti-imperialista, que transcenda os indivíduos e abrace as aspirações mais profundas dos nossos povos plurinacionais. A história nos ensina que os processos revolucionários só foram derrotados quando as divisões internas abriram as portas à reação.

Que ninguém se engane, nossas diferenças, quando existem, podem ser superadas entre companheiros que compartilham o mesmo horizonte estratégico. O fascismo-nazismo é o inimigo comum da vida que devemos derrotar. Seu retorno significaria o fim do Vivir Bien, dos direitos trabalhistas, o desmantelamento da economia plural, o retorno do racismo institucionalizado e a entrega de nossos recursos naturais ao capital transnacional.

Exigimos que a esquerda, as organizações revolucionárias e anticoloniais, e nosso povo superem nossas diferenças e formem um bloco unido para derrotar a direita e o fascismo-nazismo nas ruas, nas urnas, em nossas consciências e em nossos corações.

Nós os derrotamos no século passado, neste século também os derrotamos e construímos democraticamente o Estado Plurinacional. Hoje não será exceção; nós os derrotaremos novamente. Nunca mais os inimigos da Pátria, do povo, da Mãe Terra, da Vida governarão nossa Bolívia.

Não somos observadores neutros, mas combatentes conscientes que acreditam que a batalha contra o fascismo-nazismo é uma luta diária travada nas ruas, nas comunidades e no próprio coração da consciência coletiva.

A Internacional Antifascista, Capítulo Bolívia, convoca com punho erguido e determinação revolucionária todas as organizações sociais e sindicais, os povos indígenas e camponeses indígenas, a classe trabalhadora, todos os homens e mulheres comprometidos e a juventude combativa, para construir e consolidar juntos a grande frente de unidade plurinacional. Não é hora para pequenos cálculos ou mesquinharias. É hora de grandes acordos, de alianças estratégicas, de construção coletiva de um projeto que transcenda os indivíduos e abrace as aspirações mais profundas do povo e do Estado Plurinacional.

Que este momento de definição encontre nossa grande pátria unida como nunca antes diante da magnitude dos desafios. Deixe que a sabedoria coletiva prevaleça sobre interesses particulares. O fascismo-nazismo não passará pelo coração da nossa América porque aqui há um povo consciente e organizado, pronto para defender seu destino.


Viva a Bolívia soberana e antifascista!
Antifascista Internacional – Capítulo Bolívia
Maio de 2025

quinta-feira, 8 de maio de 2025

MANIFESTO AOS POVOS LATINOAMERICANOS * FÓRUM LATINOAMERICANO MARXISTA REVOLUCIONÁRIO/FLAMARX

MANIFESTO AOS POVOS LATINOAMERICANOS
Em defesa de uma Latino América
Anti-Imperialista e Socialista !

1-
O imperialismo estadunidense e seus vassalos burgueses da direita latinoamericana, vem levando adiante uma verdadeira agenda política de terra arrasada em praticamente todo o nosso continente. Os golpes de Estado militares, jurídicos ou parlamentares que presenciamos desde a última década em países como Honduras, Paraguai, Haiti, Brasil e Bolívia; ou mesmo as campanhas golpistas contra a Venezuela, Cuba e Nicarágua, são parte de uma sórdida campanha implementada pelos falcões genocidas da Casa Branca em conluio com as burguesias nacionais de nossos países e suas forças de repressão, tradicionais peões dos EUA na região.

2-
Os verdadeiros motivos para tais empreitadas golpistas e de severos ataques contra nossos povos, podem ser explicados pelo aprofundamento em todo o globo, da crise estrutural pelo qual tem passado o regime capitalista. Como têm ocorrido há 500 anos, nossas pátrias latinas, condicionadas (por) e dependentes do grande capital estrangeiro predatório, sempre são chamadas a socorrerem os lucros das metrópoles imperialistas. E o preço a se pagar por isso, tem sido caro demais para nossos povos: aprofundamento da dependência; aumento do desemprego e do subemprego; superexploração de nossa força de trabalho; miséria; embrutecimento; morte prematura de nossa gente; perca de nossas imensas riquezas naturais; soberania sacrificada e etc., etc.

3-
O aprofundamento da crise capitalista internacional é de fato, o caldo de cultura por trás das tensões geopolíticas envolvendo o imperialismo estadunidense e gigantes regionais, que possuem protagonismo para além de suas fronteiras, como China e Rússia; estes últimos por sua vez, tem se tornado importantes atores geopolíticos na América Latina desde a última década, desafiando até certo ponto, o imperialismo ianque em seu auto-considerado “quintal”. Países como Venezuela, Equador, Cuba, Brasil e Bolívia por exemplo, são até o momento, importantes parceiros comerciais dos dois gigantes regionais, fator que não pode ser tolerado pelos gringos do Norte, sob pena de perderem suas posições econômicas, políticas e culturais em Nossa América, fato que ameaça sobremaneira sua odiosa hegemonia.

4-
Depois do completo fracasso da mal chamada “Primavera Árabe” e após serem derrotados em países como Síria( NAQUELE MOMENTO EM 2020), Ucrânia e Irã, os EUA apontam suas armas geopolíticas de forma mais agressiva contra a América Latina, visando expulsar China e Rússia do continente e recrudescer um novo neocolonialismo na região. A ordem é estabelecer a ferro e fogo, através dos golpes de Estado fascistizantes e caos social, uma nova “Doutrina Monroe”, ou seja, a “América Latina para os americanos imperialistas” explorarem. Para isso, os escravagistas do Norte tem contado com os prestimosos auxílios de seus servis colaboradores como Jair Bolsonaro, Lenin Moreno, Sebastian Piñera, Juan Guaidó, Ivan Duque, Mauricio Macri, Jeanine Áñez, Luis Camacho e etc., sob o beneplacido da Organização dos Estados Americanos (OEA), de fato, “Ministério de Colônias dos EUA”, como nos ensinou o grande revolucionário Fidel Castro. O resultado disso tem sido o aprofundamento sem igual dos ataques neoliberais em todos os países, como a supressão dos sistemas de seguridade social, das conquistas trabalhistas, pilhagem dos recursos energéticos e minerais, privatização de empresas públicas estratégicas e militarização de toda a região, para garantir essa verdadeira reestruturação do capitalismo dependente latinoamericano, baseado num novo e mais precário patamar de acumulação contra os trabalhadores, uma espoliação colonial selvagem.

Os Povos de Nossa América Resistem!

5-
Se a exploração e opressão tem aumentado, mais ainda a brava resistência dos trabalhadores em diversos países latinoamericanos. Honduras, Haiti, Equador, Chile e Bolívia, viveram ou estão vivendo verdadeiras insurreições populares contra os governos da ultra direita neoliberal. Em Honduras a luta popular não dá tréguas desde o golpe jurídico-parlamentar que depôs o presidente Manuel Zelaya em 2009. Em Haiti, país protagonista da primeira revolução vitoriosa de escravos, as massas trabalhadoras lutam bravamente contra a situação desumana que o grande capital imperialista, auxiliado pelas burguesias nativas quer lhes impor. Na Argentina, a mobilização popular pôs fim ao governo fantoche de Mauricio Macri; e na Venezuela, seu combativo povo tem derrotado bravamente todas as seguidas tentativas golpistas por parte da Casa Branca e da CIA.

6-
Recentemente presenciamos um levante popular de grandes dimensões no Equador. Os trabalhadores indígenas equatorianos, em histórica e combativa marcha colocaram o traidor Lenín Moreno contra as cordas, que acuado, teve de fugir como rato às pressas, transferindo a sede do governo de Quito para Guayaquil. Este agente interno de Trump e dos interesses de Wall Street, foi obrigado a recuar diante da radicalização das massas e somente se manteve no cargo devido a crise de direção dos trabalhadores equatorianos.

7-
No Chile, país laboratório da primeira experiência neoliberal no mundo, pelas mãos assassinas do fascista Augusto Pinochet, teleguiado pelos famosos “ Chicago Boys” como Milton Friedman, resiste heroicamente há semanas. Os trabalhadores protagonizaram importante greve geral no país, além de levarem adiante um verdadeiro processo pré-revolucionário contra o neofascista Sebastian Piñera, levantando palavras de ordem pelo fim da Constituição golpista parida pelos gorilas de Pinochet, responsável pelo super empobrecimento das massas, suicídios recordes de idosos etc. Mais do que nunca, se faz necessário neste país, a criação de um partido revolucionário com profundo enraizamento nas massas, abrindo possibilidades em canalizar o forte levante popular para a destruição do Estado burguês.

8-
Na Bolívia, após o covarde golpe militar e empresarial contra o governo nacionalista de Evo Morales do MAS (Movimento ao Socialismo), financiado pelo imperialismo, oligarquias nativas e igrejas evangélicas fundamentalistas, as massas trabalhadoras e povos indígenas do Altiplano historicamente discriminados pela burguesia separatista e racista da “Meia Lua”, tem protagonizado exemplares levantes classistas que estremece as elites locais. A parlamentar golpista Jeanine Áñes, auto proclamada “presidente” do país tem sido completamente rechaçada pelos combativos trabalhadores bolivianos, que em heroicos combates, marchando à La Paz com paus e pedras, gritam rebeldemente“Agora é guerra civil!”, fazendo tremer os ratos golpistas.

Unificar as lutas em todo o continente

9-
Está aberto uma verdadeira temporada de levantes populares em toda a América Latina, como produto da decomposição do capitalismo mundial. O que estamos presenciando pode ser um prelúdio de grandes embates históricos de nossos povos contra o imperialismo e a ultra direita burguesa colonizada. A atual ofensiva neoliberal se levada adiante, deixará sobre o continente uma vasta marca de miséria e barbárie, tendo de ser combatida de forma revolucionária por todos os trabalhadores latino americanos numa luta internacional, continental sem tréguas.

10-
As gigantescas e poderosas classes trabalhadoras de Brasil e México precisam entrar em ação. Estes dois gigantes latinoamericanos, que possuem dimensões continentais, forças produtivas avançadas e ambos uma classe trabalhadora poderosa, podem arrastar o continente para uma verdadeira corrente anti-imperialista modificando decisivamente a correlação de forças na região e no conflito entre as classes em luta. Para isso é imperativo que os trabalhadores de tais países ultrapassem suas direções conciliadoras, presas ao horizonte eleitoreiro, quando, de acordo com as novas regras do jogo, as burguesias americanas na prática, chutaram pelos ares o legalismo e buscam saídas extremas para sua crise aguda, expressada nos atuais golpes de Estado.

11-
Está posto como tarefa de suma importância para nossos povos, centralizar e aproximar dentro do possível as mais expressivas lutas atuais e vindouras em nossa região. O combate contra as burguesias nativas, contra as políticas neoliberais, somente podem ser efetivas, no contexto geral da luta anti-imperialista, que precisa ser transformada em revolução socialista, unificando toda a grande nação Latino-Americana: se o inimigo do Norte planeja nos trazer o caos, nós faremos de Nossa América um, dois, três Vietnãs de combate revolucionário, como nos ensinou Guevara!

12-
O capitalismo mundial entrou num beco sem saída. Os acontecimentos dos últimos meses são todos confirmações dessas premissa. Covid-19, ocupação militar da Colômbia pelos mercenários americanos, o assassinato covarde de George Floyd, a anexação da Palestina por Israel, o atentado ao Porto de Beirute e as jogadas midiáticas de Donald Trump o comprovam. Como uma vez afirmaram Marx e Engels, o regime burguês parece o feiticeiro que perdeu o controle de sua magia, que agora se volta contra toda a humanidade. Fazemos um sincero chamado a todos os povos da América latina, para nos juntarmos nessa verdadeira epopeia emancipatória, que é nossa revolução anti-imperialista e socialista. Arregacemos já as mangas e marchemos com pés firmes em direção a nossa libertação. O futuro nos pertence!

Ianques tiren sus manos de nuestro continente e de los recursos de nuestros pueblos !!!

Pela construção da Internacional Proletária!!!

Todo apoio à PCOA !!!

Viva a INTERNACIONAL ANTIFASCISTA E ANTIIMPERIALISTA!
POR UM LEVANTE LATINOAMERICANO CONTRA TRUMP E O IMPERIALISMO!!

FÓRUM LATINOAMERICANO MARXISTA REVOLUCIONÁRIO
FLAMARX
PLATAFORMA DA CLASSE OPERÁRIA ANTIIMPERIALISTA
PCOA
Frente Revolucionaria dos Trabalhadores
FRT
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